16/05/2010

Proibição em lançamento de livro

Estive no lançamento de um livro em uma biblioteca municipal. Não foi um evento que surgiu de improviso, naturalmente. Portanto, a biblioteca sabia que iriam muitos autores da antologia e todos os seus convidados.

Depois de uma hora no recinto, com várias pessoas fotografando para cá e para lá, pequei minha máquina (que é apenas uma semi-profissional bem compacta) e fiz duas fotos de tomada geral. Terceira foto, minha mãe, que autografava um livro. Quarta foto, meu marido, que também dava um autógrafo.

Nesse instante fui abordada pela responsável da biblioteca (me pergunto que cargo terá essa senhora...) que me disse, de dedo em riste, que era proibido fotografar no recinto. Imediatamente fui recolhendo a máquina e respondi “tudo bem, não fotografo mais”.

“Não. A senhora vai ter de deletar as fotos que tirou.”

Espanto!!! Nem na ditadura tive de retirar um rolo sequer da minha máquina para entregar para ninguém! O que era aquilo? Em frações de segundo me transportei para uma época que pensara vencida.

A senhora completou “A menos que assine um termo... blá blá blá...”

A essas horas eu já deletava minhas quatro fotos, garantindo para a mulher que não tiraria nenhuma foto no evento.

Imaginem só!!! Na verdade, não era proibido fotografar o lançamento daquele livro na Biblioteca Viriato Corrêa. O que existia era uma condição, uma restrição, para se poder fotografar!

Se o evento estava marcado desde o mês anterior e a casa iria encher – graças ao trabalho primoroso e profissional do editor da Andross, Edson Rossatto, que surpreendeu por sua capacidade, eficiência, bom humor e receptividade ao longo de todo o trabalho de edição do livro até o referido lançamento –, por que os participantes não foram logo no início do evento CONVIDADOS pela dita senhora (ou AVISADOS, mas de modo civilizado) a assinar um termo em que se comprometiam a não utilizar comercialmente suas fotos, podendo, a partir daí, fazer suas fotos à vontade?

Ah sim, teve uma peça teatral baseada em seis contos do livro, que foi representada pela "Cia Em Cena", em dois horários – lotando a sala das duas vezes! (Pena que não fotografei... várias cenas que teriam dado boas fotos!)

Há que prestigiar todas as iniciativas que atraiam as pessoas para as bibliotecas públicas. Atrair, receber bem, divulgar essas ações bem-sucedidas para que a leitura se propague cada vez mais.
Parabéns para aqueles que se empenharam para o sucesso daquele evento que, além de nos proporcionar momentos muito agradáveis, nos fez conhecer mais um espaço cultural que merece ser prestigiado.


1 comentário:

Eugénia Tabosa disse...

Concordo! Eu também participava deste evento, e fiquei surpreendida pelo desaforo da tal senhora, que contrastava com a simpatia, harmonia e principalmente a eficiência, de mais este lançamento da Andross Editora.